Ficção de João Anzanello Carrascoza
Desenho da capa de Angela Mendes
Brochura, formato 13,5 x 19 cm, 80 páginas
Papel Lux Cream 80 g/m2 (miolo), papel-cartão 250 g/m2 (capa), brochura, relevo seco na capa, com pintura trilateral.
Edições Barbatana, 2025
ISBN 978-65-88766-40-8
Barbatana#52
1a edição: nov. 2025
Tiragem: 1.000 exemplares
PRÉ-VENDA COM EXEMPLARES AUTOGRAFADOS PELO AUTOR, 10% DE DESCONTO E FRETE GRÁTIS.
“Tem um homem em cima do meu guarda-roupa. A mãe fingiu coragem e disse, É sua imaginação, Angelim, não tenha medo, ao que o menino, serenamente, retrucou, Não estou com medo, mamãe.” Na magistral obra ficcional de João Anzanello Carrascoza, conhecemos a história de Angelim, um menino que tem o poder da vidência, o que o faz experimentar, sem grandes sobressaltos nele, mas muitos em seu entorno, o horror que é saber o que acontece no passado, no presente e no futuro, em uma época em que o charlatanismo religioso busca ampliar o seu espaço às custas de mártires com boas histórias para revelar.
Faixa etária
Angelim é o romance que inaugura a literatura adulta contemporânea brasileira no catálogo da Barbatana. Mas pode ser lido por leitores curiosos a partir de 15 anos.
Sobre o escritor
JOÃO ANZANELLO CARRASCOZA nasceu em Cravinhos, interior de São Paulo, em 1962. Formado em Publicidade pela ECA-USP, onde, mais tarde, fez Mestrado e Doutorado e passou a lecionar, atuou durante duas décadas como redator publicitário em grandes agências de propaganda do país. Em 1994, publicou seu primeiro livro, Hotel solidão, surgido a partir de uma oficina literária coordenada por João Silvério Trevisan. De lá para cá, consolidou uma obra extensa e premiada, que transita entre o conto, o romance e a novela, com uma prosa poética que flerta com o lirismo, as relações humanas e a investigação das subjetividades. Atualmente, dedica-se à docência na USP e na ESPM, e continua a escrever a sua obra literária. Angelim é o seu primeiro livro pelas Edições Barbatana.
Do texto de orelha
“Ao ler e reler esta pequena-mas-grande obra de ficção de João Anzanello Carrascoza, o que me vem à cabeça é sempre o Angelus novus de Paul Klee. Foi Walter Benjamin quem viu no anjo novo de Klee, em seu ensaio ‘Sobre o conceito da História’, aqui comigo em uma tradução de Sérgio Paulo Rouanet, que nele está desenhado um anjo que parece estar na iminência de se afastar de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, seu queixo caído e suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu semblante está voltado para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as arremessa a seus pés. Não sei dizer se João Anzanello Carrascoza lembrou-se do Angelus novus ao conceber Angelim, nem se Angela Mendes pensou nisso ao desenhar o anjo que vai na capa, e que o fez bem antes, nos anos 1990, talvez por causa de Wim Wenders, mas aqui estamos todos juntos; assombrados com o menino de Cravinhos que está dentro de nós.”
Paulo Verano