A história dos dois ratinhos travessos (Beatrix Potter)

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Textos e ilustrações de Beatrix Potter
Tradução de Janaina Tokitaka
Brochura, formato 14 x 19 cm, 64 páginas
Papel pólen bold 90 g/m2 (miolo), papel cartão 250 g/m2 (capa)
Edições Barbatana, 2021
ISBN 978-65-88766-01-9
Barbatana#25
1ª edição: jan. 2021

OBRA AGRACIADA COM O SELO "COLEÇÃO CLÁSSICOS" - EDIÇÃO 2021 - DA CÁTADRA UNESCO PUC-RIO.

Certo dia, um simpático e atrevido casal de ratinhos avista uma bonita casa. Ao espiar pela janela, veem que a mesa está servida com vasta refeição e decidem entrar. Acontece que a casa é de boneca, e a comida não tem o sabor que eles imaginavam, dando início a uma enorme confusão por parte dos dois ratinhos...
Após acompanharmos as travessuras de Nutkin, protagonista de A história do esquilo Nutkin (1903), lançado pela Barbatana em novembro de 2016, as aventuras de Pedro Coelho, o mais famoso personagem da escritora britânica Beatrix Potter (1866-1943), que publicamos em 2017, e as trapalhadas de Jeremias Pescador (que lançamos em 2018), chegou a vez de conhecermos as peripécias de Tim Mindinho e Unca Munca.
Em primorosa tradução da escritora e ilustradora Janaina Tokitaka, a editora lança agora outro clássico de Miss Potter, A história dos dois ratinhos travessos, livro publicado originalmente em 1904. Na opinião da escritora brasileira Ana Maria Machado, Beatrix Potter é uma das vozes mais originais da literatura infantil.
Nesta edição, o livro é editado do modo como a autora o imaginou, com as aquarelas em página inteira dialogando pausadamente com os textos, em formato pequeno para caber nas mãos das crianças é a primeira vez que esse título é publicado no Brasil.
A publicação de A história dos dois ratinhos travessos dá sequência à celebração dos 150 anos de nascimento de Beatrix Potter.
 
Faixa etária

Voltado a crianças em fase de alfabetização ou já alfabetizadas, entre 5 e 7 anos, o que não impede que a leitura também seja divertida e recomendada para crianças menores, que realizem a leitura dos textos e imagens compartilhada com um adulto. Ou mesmo para nós, que somos bem maiores!
 
Sobre a autora

Helen Beatrix Potter nasceu em nasceu em South Kensington, Middlesex (hoje Grande Londres), em 28 de julho de 1866, e morreu em 22 de dezembro de 1943, em Sawrey, Lancashire (hoje Cúmbria), também na Inglaterra.
Seu primeiro livro, A história de Pedro Coelho, foi publicado em 1902 pela editora britânica Frederick Warne & Co., após várias tentativas frustradas por diversas editoras da Inglaterra, tornando-se rapidamente um estrondoso sucesso, ao qual se seguiram mais de 20 livros que se tornariam clássicos da literatura infantil inglesa.
 
Sobre a tradutora

Janaina Tokitaka nasceu e reside em São Paulo, capital. Bacharel em Artes Plásticas pela USP, é escritora e ilustradora de diversos livros para crianças e adolescentes, pelos quais já recebeu diversos prêmios. Também ministra cursos e oficinas sobre ilustração e é apaixonada por Beatrix Potter e Wanda Gág, autoras clássicas da literatura para crianças que estão no catálogo da Barbatana.
 
Saiba mais sobre o livro

De toda a extensa obra de Beatrix Potter, de quem sou fã, sinto que nenhuma me agrada tanto quanto A história dos dois ratinhos travessos. É um livro que reúne todas as melhores características dessa grande autora inglesa: senso de humor afiado, dois anti-heróis rebeldes e um pequeno mundo em miniatura.
Eu sempre achei que A história de Pedro Coelho era uma defesa da transgressão mal disfarçada de conto moral (cautionary tale), essa forma narrativa típica do período vitoriano. Claro, Beatrix pune a ação de Pedro ao final, mas de maneira tão leve que o leitor não tem escolha a não ser ficar do lado do coelhinho.
Neste livro, a transgressão dos dois ratinhos do título é ainda mais interessante. Tim Mindinho e Unca Munca, um casal de ratos parceiros no crime, invadem sorrateiramente uma casa de bonecas. Surpresos ao descobrirem que a comida não era de verdade, quebram tudo, à maneira de verdadeiros rock stars e ainda roubam metade da mobília. Surpreendentemente, não são punidos ao final e Unca Munca pode dormir tranquila em nova sua almofada de penas.
Para além da cena icônica de dois ratinhos depredando uma casa vitoriana em miniatura, cena tão significativa quando se sabe o quanto a autora sofria com as rígidas estruturas sociais da época, eu fico encantada com a camaradagem deste casal de ratos. Eles agem em sintonia tão perfeita que me pego pensando na felicidade que Potter sentia na época em que escreveu o livro. Ela estava noiva de seu editor, Norman Warne, a contragosto da família, que achava aquele casamento indigno e insuficiente. Ainda que essa parceria tenha sido breve e tenha tido um fim um pouco trágico, a de Tim Mindinho e Unca Munca é eterna.
Espero que os leitores possam fazer suas pequenas transgressões com sucesso, pagando-as, talvez, com uma moedinha amassada ou pequenos favores.
(Janaina Tokitaka)
 
Saiba mais sobre Beatrix Potter

Passados 150 anos de seu nascimento, Beatrix Potter é uma das vozes mais originais da literatura infantil, tendo realizado uma ruptura revolucionária ao tratar seus leitores sem condescendência nem qualquer vestígio de tatibitate ou concessão ao meloso, como afirma a escritora Ana Maria Machado em seu livro Como e por que ler os clássicos universais desde cedo (Objetiva, 2002).
Como diz a importante escritora brasileira, os animais na obra de Beatrix Potter são bem diferentes. Não são humanizados, embora vistam roupas. Mas comportam-se o tempo todo como os bichos que realmente são: a raposa quer comer a pata, o esquilo esquece onde enterrou as nozes para o inverno, o sapo que vai pescar quase é comido por um peixe grande, o coelho invade uma horta para roubar cenoura e por pouco não leva uma surra ou é apanhado para ir para a panela. O que encanta é justamente a ironia divertida que perpassa as histórias, obtida com esse contraste entre as encantadoras aquarelas da autora que pontuam quase cada frase (em livrinhos pequenos que cabem nas mãos infantis) e a absoluta recusa de qualquer sentimentalismo.
Ler suas perturbadoras e atemporais histórias hoje, tão relevantes quanto quando as escreveu, há mais de cem anos, é um raro e prazeroso presente.
Tão imenso quanto apreciar suas lindas e detalhadas pinturas.
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